quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Era nostalgia

É curioso como o tempo se arrasta quando temos uns dez anos. Uma semana parece uma eternidade, é insuportável esperar até depois do almoço para ganhar a sobremesa. Lembro que, num dia de sol, na chácara da minha avó, esperava minha vez de segurar o coelho e me passou pela cabeça: "Cinco minutos é muito?". Hoje o tempo é um problema. Cinco minutos é demais para alguns suspiros quando se quer descansar, afinal, não se pode desperdiçar tantas voltas do grande ponteiro fazendo absolutamente nada. As obrigações tomam a maior parte do tempo, e o sonhado suspiro é motivo suficiente para um arrependimento, porque ninguém pode parar. Horas são como minutos, dias são como nem-sei-o-que: anoitece, amanhece, anoitece novamente, e seguimos desejando dias mais longos, para que todas as atividades e obrigações possam ser realizadas. Umas horas a mais para a velha rotina e ficaríamos felizes. Como não é possível, todos continuam suas rotineiras tarefas e, cedo ou tarde, caem na mesmice, as vezes nem percebem e seguem com suas vidas aparentemente felizes. Mas eu não. Eu não quero nem posso cair na rotina, na mesmice, vivendo num mundinho mundano uma vida banal. Não.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Palavras

Pereba geralmente não é uma palavra bem aceita. Será que, pelo fato dela remeter uma coisa não muito agradável, surgiu um preconceito, ou a palavra em si é deplorável?
E se Pereba fosse um tipo de doce?
"Temos Pereba para a sobremesa."
"Eba!"
Assim não parece tão repugnante.