sexta-feira, 28 de março de 2008

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Até que estou feliz. E preciso me preparar psicologicamente para apresentar um trabalho em inglês na frente de 60 pessoas. Fora isso, tudo uma maravilha, corro até o risco de ganhar um ipod no fim de semana. Alguém quer comprar?

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Nada útil ou inútil para hoje. Tive uma semana super corrida, e estou super nervosa para uma certa competição amanhã. Fora isso, meu CD de páscoa chegou, uma semana depois, mas chegou.

quarta-feira, 26 de março de 2008

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Eu odeio muitas pessoas
Também odeio muitas coisas
Acho até que odeio demais
Mas quer saber, odiar é saudável
E tem lá suas vantagens

domingo, 23 de março de 2008

Milagroso Feriado

É incrível como os problemas do mundo parecem sumir nessas datas.
Ah, a Páscoa!

[A propósito, acho que comi chocolate demais.]

sexta-feira, 21 de março de 2008

Óleo Comestível

-Moça, como se come isso? No potinho? No pão?!
-Er, mãe, acho que é no corpo mesmo.

terça-feira, 18 de março de 2008

Odeio meu COWlégio.

sábado, 15 de março de 2008

Bom apetite.

O freegano (uma corruptela deliberada da palavra vegano) come aquilo que encontra no lixo. Apesar de os freeganos serem mais radicais que os veganos ao se recusarem a comprar qualquer tipo de alimento, eles também são mais flexíveis, já que não têm objeções éticas a comer produtos animais que foram jogados fora. Eles querem evitar dar dinheiro àqueles que exploram os animais. Uma vez que um produto foi descartado, não faz diferença para o produtor se o alimento é consumido ou incinerado. Alguns freeganos continuam não gostando da idéia de comer um cadáver e – apesar de estarem dispostos a comer alimentos de latas de lixo – eles são bem informados sobre a contaminação fecal na carne e compreendem os riscos à saúde envolvidos em comer qualquer coisa que tenha passado por um abatedouro.

Down With Big Brother!

Para quem assiste ao Big Brother, meus pêsames. Ah, maldita globo! E ainda usam Orwel para dar nome aquela porcaria de programa.

domingo, 9 de março de 2008

Nada é real.

Me vi num barco no meio do rio, rodeada por pés de tangerina, debaixo de um céu de diamantes. Olhando a margem pude notar bem atrás das árvores um pescador de carangueijos caçando freiras pornográficas. Ah, garoto danado! Descendo o rio, junto às flores de celofane, lá estava ela, a garotinha de olhos caleidoscópicos. Continuei remando e ao meu lado apareceram milhares de sardinhas semolina. Dizem que são inofensivas, mas não esperei para ver.
Deixei o barco e subi a colina, em busca dos Campos de Morango. No caminho, como era de se esperar, lá estava ele, o "louco da colina", era assim que as pessoas o chamavam. Ele vivia lá, dia após dia, sozinho naquele lugar.
Descendo a colina vi que estava perto, já podia avistar lá longe os Campos de Morango. "Chegarei antes do amanhecer, pensei". E estava certa, só precisava passar pela longa e sinuosa estrada, um caminho tranquilo. Caminhei pela rua na companhia dos pássaros negros, eles estavam em todo lugar e só cantavam na calada da noite, como corujas. Me distraí por uns minutos e quando me dei conta haviam silenciado. Percebi que estava amanhecendo. E lá vinha o sol, agora estava tudo bem, só precisava segui-lo.
Lembrei da manhã passada, li a triste notícia sobre um homem nobre, que por ironia do destino estourou a cabeça num carro. Ele não percebeu que o semáforo havia fechado. Vi as fotos e só pude rir, lendo aquela notícia. Me senti mau por isso mais tarde. Desci as escadas, tomei uma chícara de chá e saí. Mas isso foi ontem, meus problemas agora parecem estar tão longe.
Continuo o caminho, agora estou realmente chegando. Até lá preciso contar os minúsculos buracos pelo camiho. Descobri que são quatro mil, mas deu trabalho. Agora sei quantos buracos são necessários para encher o Campo de Morangos. Já passa das seis da manhã, não consegui chegar antes do amanhecer, mas quem liga para planos? Está ficando cada vez melhor, acabo de ver os porquinhos, tranquilos, vivendo suas vidas de porco.
Acho que dei sorte. Mais a frente encontro os homens-ovo, rolando pelos campos emitindo um som, algo como "gjoob, gjoob". Criaturas interessantes. Pensei ter pisado numa poça, mas olhando de perto dá para perceber que é uma piscina e ela está viva, acaba de fugir, acho que se assustou comigo. Não quero encontrar outra dessas piscinas vivas.
Comecei a rolar como os homens-ovo e descobri simples pinguins. Eles estavam chutando sementes, até deram nomes a elas, Edgar, foi o que entendi. Sim, todas as sementes tinham o mesmo nome. E como chutavam bem, aqueles pinguins. Animais inteligentes. Encontrei um grupo mais religioso, estavam cantando Hare Krishna.
Fiquei horas observando aqueles animais de smoking, até que passa um homenzinho pulando e correndo numa torta flamejante. Entendi o desespero, devia estar meio quente ali dentro. Me levantei, já estava anoitecendo, o tempo passou rápido, era hora de ir. Como se não bastasse a primeira, pisei numa segunda piscina viva. Essa não fugiu, tudo aconteceu tão rápido que não me dei conta. Acho que ela cresceu, ou eu diminui. Nunca soube ao certo. Só lembro que fui parar num jardim repleto de polvos debaixo d'água. Quando o oxigênio acabou peguei carona num submarino amarelo, foi a minha salvação. O submarino parou num jardim inglês, estava chovendo. Será que ele teria chegado lá se não fosse a água da chuva? Bom, nunca poderei responder.
Sentei, esperei o sol chegar e nada dele vir. Acabei ficando bronzeada com toda aquela chuva. Me levantei e comecei a caminhar, até me deparar com uma morsa. De repente estava olhando para uma poça espelhada e eu era a morsa. Aquilo me assustou um pouco, já era hora de ir. Subi num floco de cereal e esperei a van chegar. Só depois de alguns segundos percebi pessoas a minha volta. Havia uma enfermeira vendendo papoulas numa bandeja. Com aqueles movimentos acho que ela pensa que está numa peça, de qualquer forma está. Continuei observando aquela gente. O rico banqueiro com seu carro, ele não usava capa naquela chuva, muito estranho.
Um barbeiro apareceu para me importunar mostrando fotos de todas as cabeças que havia conhecido, mas logo consegui me livrar dele. A van chegou, desci do cereal. Meu passeio mágico estava chegando ao fim, tive certeza disso quando entrei e em poucos segundos parecia ter alcançado meu destino. Só que não era mais uma van e sim um trem, na estação.
Olhei pela janela e lá estava ela, a estranha garota de olhos caleidoscópicos segurando um balde repleto das sardinhas semolina. Com certeza andara pescando.
Mas tudo isso não importava mais. O passeio acabou. Nada é real.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Mod?

Nah, meu professor de literatura não tem cara de quem escuta The Who.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Século XXI

Definitivamente nasci na época errada. As pessoas não vivem mais como antigamente, não são felizes como antigamente. Não se faz música como antigamente, nem mesmo escrevem bons livros como antigamente.
Nada revolucionário acontece hoje, com todas as pessoas acomodadas, esperando que algo aconteça, que os outros pensem por elas. Continuam com suas vidinhas e a rotina medíocre que varia entre "casa, trabalho, trabalho, casa". E assim seguem, sonhando com a "luz no fim do túnel", também conhecida como aposentadoria. Apenas isso. Nada mais acontece.
Para que serviram as longas tardes que passaram estudando inúmeras fórmulas e cálculos? Horas e horas tentando entender um organismo que alguém supôs existir, mas ninguém nunca viu. Para quê? Nada. Mas aquele infeliz ser humano estava tão acupado aprendendo toda essa inutilidade que esqueceu de viver. A vida é curta demais para perdermos tempo com coisinhas invisíveis e suposições de algum desocupado.
Aos que são felizes com toda essa obrigação, parabéns. Mas as pessoas não deveriam ser obrigadas a ocupar a cabeça com fórmulas e cálculos para não morrer de fome. Esses malditos números, porque eles estão sempre em primeiro lugar? O mundo ao nosso redor, nossa história, nossa arte, isso sim é mais importante, essencial. O resto é descartável, puro lixo.