quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Sobre as férias

Tanto tempo para ler, até esqueço de escrever.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sobre o colégio

Tenho de admitir que química, física e matemática são matérias muitos importantes. Muitas coisas não existiriam se essas ainda fossem ciências desconhecidas.
Mas deixem os cientistas, físicos, químicos e matemáticos, ou como preferirem ser chamados, cuidarem do assunto. Nenhum estudante vai mudar o mundo ou a própria vida, a não ser pelo tempo perdido, estudando o que não lhe interessa.
As pessoas merecem certa liberdade de escolha; entre estudar e estudar, poderiam pelo menos escolher o que querem aprender.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

E o lenço azul, onde foi parar? Não lembro mais. Não faço idéia. Só sinto falta dele. Talvez tenha voado pela janela e levado embora pelo vento em direção a alguma dimensão paralela ao infinito. Acho que nunca vou saber.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

sonho

Acordou naquela manhã antes mesmo de ouvir o inquietante som do despertador. Levantou e foi para o chuveiro. O dia estava frio, a água caía gelada, mas ela pouco se importou, não fazia diferença.
Vestiu-se, pegou todas as coisas e foi preparar uma xícara de café bem forte. Enquanto o café pingava da cafeteira para a xícara, finalmente lembrou do sonho; estava pensando naquilo desde a hora em que levantou e pisou no chão frio sem carpete. Não conseguiu lembrar detalhes, só sentiu o café quente escorrendo da xícara para a mesa e direto para o chão, finalmente queimando seu pé.
Certa de que iria terminar o dia com uma bolha de queimadura, mergulhou o pé numa bacia com água e gelo. Foi reconfortante, poderia passar o dia ali. Lembrou-se então do relógio que, mesmo com o lento e irritante "tic-tac", andava depressa e atrasava-a cada vez mais. Jogou a água fora e rapidamente tomou o resto do café, agora frio.
Enquanto escovava os dentes, lenta e calmamente, tentava lembrar detalhes do curioso sonho, mas tudo o que conseguiu foi gastar a água, que ia caindo enquanto ela delirava com a escova entre os lábios. E não adiantava, por mais que tentasse, parecia impossível lembrar daquele sonho. Mas ela persistia.
Abriu a porta da frente e se deparou com aquele dia cinza, onde o sol parecia não existir. Girou a chave, tirou da fechadura com certa dificuldade e guardou na bolsa. Como gostava de dias nublados resolveu ir caminhando, assim poderia pensar mais e tentar lembrar de tudo.
Atravessou a rua, passou por duas ou três casas e avistou um cachorro fazendo as necessidades. Achou incrível o fato do animal não se importar em ficar curvado ali, no meio da calçada, com o rabo para cima mostrando o pequeno ânus rosado. Preferiu dar o mínimo de privacidade ao animal e continuou andando. Durante todo o caminho insistiu no maldito sonho, mas não conseguiu lembrar nada.
Ao virar a esquina avistou o mar, que se confundia com o horizonte naquele dia pálido. Ainda pensando no sonho, fechou os olhos para sentir a brisa que vinha das ondas e percebeu: tudo o que tinha a fazer era voltar para casa e sonhar denovo.
Sentindo-se uma completa estúpida por não ter pensado em algo tão óbvio antes, deu meia volta e foi para casa.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Mamãe,

Resolvi começar a estudar para passar no vestibular.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Dia

Ultimamente as idéias vêm e vão do nada e para lugar nenhum. Não me dão tempo para parar, refletir, criar e colocar num papel. Não sei qual o problema. Agora mesmo, pensei que ia conseguir chegar a escrever um parágrafo decente, mas não vou passar de algumas linhas.
Sou melhor lendo do que escrevendo. Parece tão fácil colocar certas palavras e juntar as idéias num papel; puro engano. Preciso de inspiração. Gostaria de ter um lugar tranquilo e ao mesmo tempo movimentado. Acabei de pensar num café, parece o lugar ideal, o problema é que não se encaixa em lugar nenhum nessa cidade.
Seria legal também poder andar por aí com meu ipod na mão e fones no ouvido. Ir assim, ouvindo o que quisesse no ônibus, na praça, no meio da rua. Sem medo de ser assaltada, sem precisar esconder nada. Poder sair por aí e andar a pé para onde desse vontade, com uma câmera na mão sem precisar olhar pros lados nem desconfiar de tudo e todos ao redor.
Mas, enquanto isso, continuo escondendo a música em casa e as fotos vão ficando para depois. Só me resta tirar fotos de insetos dentro do quarto enquanto escuto algo que sai dos fones. Assim a câmera está segura, a música bem guardada e o mundo lá fora de pernas pro ar enquanto a gente sonha.

sábado, 26 de julho de 2008

Sentamos observando guarda-chuvas voarem. Tento manter meu jornal seco e me escuto falando. "Meu barco está partindo agora". Apertamos as mãos e choramos. Preciso me despedir.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Parece que a inspiração só vem mesmo durante as aulas. Incrível, não?

sábado, 5 de julho de 2008

Soprando o pó.

sábado, 21 de junho de 2008

Até parece.
Agora só me resta comemorar as férias dos outros me embriagando de estudar.

sábado, 14 de junho de 2008

O Martelo

Conheci Max na aula de defesa pessoal. Era um garoto problemático, dizia estar ali para se vingar de todos que o haviam feito mau um dia. Acho que entrou no curso errado.
Perguntei quem eram essas pessoas, pobres vítimas e ele me entregou uma lista. Era um pedaço de ofício preto, meio amassado, com nomes. Vários, por sinal, escritos em grafite. Não levei o garoto a sério naquele dia e mal sabia que viria a me arrepender mais tarde.
No último dia de aula ele me veio com uma; sempre tinha idéias curiosas. Dessa vez disse que toda essa estória de defesa pessoal era inútil e trocaria tudo pelo martelinho de prata que o pai guardava no porão. Como sempre encarei como uma brincadeira. Achava a imaginação dele poderosa, com todas aquelas idéias mirabolantes. Depois do curso nunca mais vi Max.
Tudo mudou quando houve um assassinato em nossa pacata cidade. Era inexplicável, nada acontecia ali. A garota foi encontrada morta, provavelmente a pancadas, segundo a polícia. Fiquei assustada demais para ligar os fatos.
Uma semana depois a an tiga professora da escola primária foi encontrada morta. A partir daí tudo fez sentido. Lembrei da lista de Max e descobri que a garota era uma colega de classe dele e a professora, claro, ensinava ao garoto na época. Quanto às pacadas, era óbvio não? O martelo.
Max nunca mentiu, o problema é que ninguém quis acreditar nas verdades dele. Como um garotinho pôde ser tão perverso a ponto de escrever nomes numa lista à fim de matar inocentes com um martelo?
Não tinha idéia do que fazer ou de como agir. Eu não estava na lista, mas também não lembrava de quem vinha depois da garota e a professora. Por que o garoto me mostrou aquele papel?
Não aconteceu nada e já faziam duas semanas, isso estava me preocupando. A lista era imensa, com certeza haveriam mais vítmas. Não pude fazer nada, só esperar.
Não demorou muito e o garoto atacou outra vez. Era o diretor da escola, acho que Max odiava mesmo aquele lugar. Por sorte a polícia agiu a tempo de salvar o diretor e prender o garoto. Não foi difícil, ele estava com uma aparência horrível e carregava um martelo na mão em plena luz do dia atingindo plantas e postes pelo caminho.
No tribunal, implorou para ser libertado, mas o juíz negou, claro. Coitado, mal sabia que o fim estava próximo. Quando abriu a boca para dar a sentença, Max pegou o martelo das mãos do policial e arremessou contra o juíz. Pobre homem, nunca esteve na lista.
O garoto conseguiu fugir, mas não tive notícias dele desde aquele dia. Espero que esteja longe e tenha desistido daquela lista, mas nunca se sabe.


(Maxwell's Silver Hammer)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Sapatos fazem mal aos pés; todos deveriam andar descalços.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Ah

Gosto da chuva, mas acordar cedo e ir para a escola num dia chuvoso não é a melhor coisa do mundo. Perder uma tarde no meu lugar preferido por causa da chuva também não é nada legal. Privada do meu amigo eqüino e com os dias contados até as provas começarem, só me resta enfrentar de uma vez o trabalho de Ed. Física e depois os livros. Vida imunda, por que as coisas não podem ser mais divertidas? Não, tudo tem que ser complicado: quanto pior, melhor. Até soa estranho, pena que é verdade. Mas a culpa não é da chuva, a chuva é bem agradável se pararmos para observar. Nada melhor que ler um livro ou não fazer nada quando está chovendo, nada melhor que não ter o que fazer e fazer o que quiser.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Porcaria

Por que a inspiração não vem sempre? Deve existir algo obscuro por trás das piores aulas do colégio. Talvez a inspiração venha nessas horas como uma forma de fuga, uma maneira de esquecer e se desligar daquela inutilidade toda. Falando no colégio, posso acrescentar que não passa de uma completa perda de tempo. Daqui a alguns anos não vamos nos lembrar metade do que aprendemos durante todos aqueles anos escolares. Então por que precisamos disso?
Mas não adianta reclamar, não tem como mudar esse projeto de sistema se poucas pessoas conseguem enxergar a inutilidade da escola. Quantos livros deixamos de ler, quantas coisas deixamos de fazer, quantos lugares deixamos de conhecer e tudo culpa do colégio. Para eles não basta uma manhã inteira naquele inferno, cinco dias na semana. Acham pouco e somos obrigados ainda a gastar nossas tardes e fins de semana estudando. Se não o fizermos, não seremos nada na vida.
Uma boa desculpa, devo admitir, mas não convence. É tudo culpa da sociedade, que exige cada vez mais, de pessoas cada vez mais novas. Ninguém tem tempo para diversão, para aproveitar a vida, fins de semana não são mais os 'sagrados' dias de descanso que eram antes. Quem dera pudéssemos ser auto-didatas, ler o que desse vontade, aprender coisas do interesse de cada um e não juntar cabeças diferentes formando uma grande e estúpida massa.
A sociedade não é de um todo culpada. A culpa é do dinheiro; sem ele não teríamos a preocupação sobre o conciliamento de uma carreira do nosso interesse e a perspectiva de crescimento. Mas o dinheiro não vai sumir com essas palavras. No fundo não quero que suma, mas a culpa tinha que ser de alguém ou algo. Com fundamentos, claro e se pararmos para pensar, chegaremos a conclusão de que a culpa é do dinheiro sim. Como ninguém vai querer chegar a essa conclusão, a começar por mim, só nos resta seguir o sistema e tentar ser feliz de alguma forma.


"Tudo que escrevi não passa de uma enrolação, mas foi só uma forma de fugir da aula de matemática".

domingo, 25 de maio de 2008

!

Mas que bela tarde de domingo.

.

Inspiração é uma coisa passageira.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Ah, baratas desgraçadas
Aguentam radiação
E morrem com uma chinelada

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Literatura de Dentista

Nunca vou ao dentista sem um livro. Semana passada tive o azar de esquecer. Só me restaram aquelas revistas de fofoca do mês passado, porque isso eles têm aos montes. Saí de lá super cult.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A Chuva

Olho pela janela naquela manhã chuvosa, começo da semana, e avisto uma garotinha com seu guarda-chuva azul no final da rua. Ela não deveria estar ali, essa hora todas as crianças têm que estar na escola. Confiro o calendário, podia estar enganada, mas não, a semana estava apenas começando.
Continuei observando e ela continuou parada ali. Não sei ao certo quanto tempo, mas me pareceu uma eternidade. De repente avisto algo caminhando em direção a ela e, quando chegou mais perto, pude reconhecer o cachorrinho da rua de baixo, todo molhado abanando o rabo para a dona.
Cachorro encontrado, ela volta para casa. Guarda-chuva numa das mãos e o amigo ensopado na outra. Talvez agora fosse para a escola, como todos. Quanto a mim, precisei voltar para a realidade e encarar uma torrada queimada pela quinquagésima vez antes de seguir para o trabalho.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Que vontade de viajar para algum lugar bem longe daqui, bem frio e tranquilo. Um lugar onde eu possa andar pela rua, para onde quiser. Um lugar assim, com pessoas educadas que se preocupam com as próprias vidas e só. Nada de calor infernal, sujeira, bagunça. Posso até imaginar, um lugar perfeito, longe desse caos. Se pudesse iria agora, sem dar satisfações a ninguém e ficaria lá até enjoar, o que provavelmente nunca vai acontecer num lugar como esse. É, talvez me mudar e nunca mais voltar. Seria uma boa, bem longe daqui.

É

-Beatles? Eu vou dormir com esse trabalho, melhor fazer sobre Justin Timberlake.

[e mais uma vez, o que eu fiz para merecer ouvir isso?]

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Resoluções

Tenho que deixar de ser negativa. Descobri que não funciona mesmo. Meu treino hoje não foi tão ruim, só errei algumas distâncias, nem levei carona. Faltas? Quem se importa, as varas não são coladas mesmo e foi só a segunda do ano. Minha pista foi muito boa, acompanhei muito e meu cavalo saltou muito! É, só isso basta.

[Tinha que deixar registrado, ainda não sei porque escrevi isso].

terça-feira, 29 de abril de 2008

Tigermilk

" It was strange. Sebastian had just decided to become a one-man band. It is always when you least expect it that something happens. Sebastian had befriended a fox because he didn't expect to have any new friends for a while. He still love the fox, although he had a new distraction. Suddenly he was writing many new songs. Sebastian wrote all of his best songs in 1995. In fact, most of his best songs have the words "Nineteen Ninety-Five" in them. It bothered him a little. What will happen in 1996? "

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Na aula:

-"Uma pesquisa realizada pelo CEBRID (Centro Brasileiro de Droga Psicotrópicas)..."
-Mas professora, não seriam psicodélicas?


[O que eu fiz para merecer isso?!]

sábado, 19 de abril de 2008

Caqui é muito bom.

domingo, 13 de abril de 2008

Felizes são as pessoas que já fizeram vestibular.

...

Era uma vez um brasileiro que foi morar na Inglaterra. Todos os dias ia para o trabalho com um colega, trabalhavam juntos. Por algum motivo chegavam sempre bem cedo, quando o estacionamento se encontrava vazio. Ótimo então, eles poderiam escolher uma vaga bem perto. Mas o inglês sempre estacionava na vaga mais distante e eles tinha que caminhar até o prédio. Depois de algumas semanas o brasileiro não aguentou e resolveu perguntar por que seu colega sempre fazia aquilo. O inglês não pensou duas vezes e respondeu:
-Ora, chegamos sempre cedo, portanto temos tempo de sobra para andar até lá. Já os que chegam mais tarde precisam das vagas próximas pois não têm tanto tempo assim.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Jai guru deva, Om.

O filme começa com a fase do ie ie ie, passando pela psicodélica até chegar nas músicas de "protesto" e acaba naquela última fase meio indefinida. Os arranjos das músicas são interessantes, alguns mais fiéis, outros um tanto diferentes. Mas interessantes mesmo são as referências às músicas e aos acontecimentos.
Um tal ônibus colorido guiado por Dr. Robert vai parar em lugar nenhum, que tem grandes semelhanças com a Índia, apesar de abrigar um circo. Sem falar numa Prudence entrando pela janela do banheiro, Prudence que se tranca no armário. E o 'grand finale' com um show no telhado da gravadora com nome de uma fruta, que não é uma maçã.
Tudo isso e mais a guerra do Vietnã, viagens, festas, protestos, música e uma fotografia impecável.
É, os quatro meses de espera até o filme chegar nesse fim de mundo valeram a pena.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Ping Ping Ping

Num futuro não muito distante de hoje, os avós poderão contar para seus netos sobre os dias de domingo em que ajudavam o pai a lavar o carro, na época em que tinham água saindo das torneiras. Os netos, por sua vez, não irão acreditar em tal história. Como a água saía da torneira há alguns anos e agora o pouco que resta do líquido é disputado pelo mundo?

Pong Pong Pong

Ganhei uma raquete, agora posso ocupar meu tempo livre jogando ou tentando jogar. Um dia consigo passar a bolinha fluorescente para o outro lado da rede ao invés do outro lado da cerca.

sábado, 5 de abril de 2008

_

Trilha sonora do dia: Belle & Sebastian.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Tomando Um Susto

Se você tem o álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", dos Beatles, experimente escutar a última faixa no ipod, até o último segundo, no volume máximo. Acho que o efeito não vai ser o mesmo porque já falei sobre, mas juro que quase chorei com o susto e depois chorei de rir.

quarta-feira, 2 de abril de 2008


Mas quem disse que não existem castelos no Brasil?

sexta-feira, 28 de março de 2008

**

Até que estou feliz. E preciso me preparar psicologicamente para apresentar um trabalho em inglês na frente de 60 pessoas. Fora isso, tudo uma maravilha, corro até o risco de ganhar um ipod no fim de semana. Alguém quer comprar?

*

Nada útil ou inútil para hoje. Tive uma semana super corrida, e estou super nervosa para uma certa competição amanhã. Fora isso, meu CD de páscoa chegou, uma semana depois, mas chegou.

quarta-feira, 26 de março de 2008

.

Eu odeio muitas pessoas
Também odeio muitas coisas
Acho até que odeio demais
Mas quer saber, odiar é saudável
E tem lá suas vantagens

domingo, 23 de março de 2008

Milagroso Feriado

É incrível como os problemas do mundo parecem sumir nessas datas.
Ah, a Páscoa!

[A propósito, acho que comi chocolate demais.]

sexta-feira, 21 de março de 2008

Óleo Comestível

-Moça, como se come isso? No potinho? No pão?!
-Er, mãe, acho que é no corpo mesmo.

terça-feira, 18 de março de 2008

Odeio meu COWlégio.

sábado, 15 de março de 2008

Bom apetite.

O freegano (uma corruptela deliberada da palavra vegano) come aquilo que encontra no lixo. Apesar de os freeganos serem mais radicais que os veganos ao se recusarem a comprar qualquer tipo de alimento, eles também são mais flexíveis, já que não têm objeções éticas a comer produtos animais que foram jogados fora. Eles querem evitar dar dinheiro àqueles que exploram os animais. Uma vez que um produto foi descartado, não faz diferença para o produtor se o alimento é consumido ou incinerado. Alguns freeganos continuam não gostando da idéia de comer um cadáver e – apesar de estarem dispostos a comer alimentos de latas de lixo – eles são bem informados sobre a contaminação fecal na carne e compreendem os riscos à saúde envolvidos em comer qualquer coisa que tenha passado por um abatedouro.

Down With Big Brother!

Para quem assiste ao Big Brother, meus pêsames. Ah, maldita globo! E ainda usam Orwel para dar nome aquela porcaria de programa.

domingo, 9 de março de 2008

Nada é real.

Me vi num barco no meio do rio, rodeada por pés de tangerina, debaixo de um céu de diamantes. Olhando a margem pude notar bem atrás das árvores um pescador de carangueijos caçando freiras pornográficas. Ah, garoto danado! Descendo o rio, junto às flores de celofane, lá estava ela, a garotinha de olhos caleidoscópicos. Continuei remando e ao meu lado apareceram milhares de sardinhas semolina. Dizem que são inofensivas, mas não esperei para ver.
Deixei o barco e subi a colina, em busca dos Campos de Morango. No caminho, como era de se esperar, lá estava ele, o "louco da colina", era assim que as pessoas o chamavam. Ele vivia lá, dia após dia, sozinho naquele lugar.
Descendo a colina vi que estava perto, já podia avistar lá longe os Campos de Morango. "Chegarei antes do amanhecer, pensei". E estava certa, só precisava passar pela longa e sinuosa estrada, um caminho tranquilo. Caminhei pela rua na companhia dos pássaros negros, eles estavam em todo lugar e só cantavam na calada da noite, como corujas. Me distraí por uns minutos e quando me dei conta haviam silenciado. Percebi que estava amanhecendo. E lá vinha o sol, agora estava tudo bem, só precisava segui-lo.
Lembrei da manhã passada, li a triste notícia sobre um homem nobre, que por ironia do destino estourou a cabeça num carro. Ele não percebeu que o semáforo havia fechado. Vi as fotos e só pude rir, lendo aquela notícia. Me senti mau por isso mais tarde. Desci as escadas, tomei uma chícara de chá e saí. Mas isso foi ontem, meus problemas agora parecem estar tão longe.
Continuo o caminho, agora estou realmente chegando. Até lá preciso contar os minúsculos buracos pelo camiho. Descobri que são quatro mil, mas deu trabalho. Agora sei quantos buracos são necessários para encher o Campo de Morangos. Já passa das seis da manhã, não consegui chegar antes do amanhecer, mas quem liga para planos? Está ficando cada vez melhor, acabo de ver os porquinhos, tranquilos, vivendo suas vidas de porco.
Acho que dei sorte. Mais a frente encontro os homens-ovo, rolando pelos campos emitindo um som, algo como "gjoob, gjoob". Criaturas interessantes. Pensei ter pisado numa poça, mas olhando de perto dá para perceber que é uma piscina e ela está viva, acaba de fugir, acho que se assustou comigo. Não quero encontrar outra dessas piscinas vivas.
Comecei a rolar como os homens-ovo e descobri simples pinguins. Eles estavam chutando sementes, até deram nomes a elas, Edgar, foi o que entendi. Sim, todas as sementes tinham o mesmo nome. E como chutavam bem, aqueles pinguins. Animais inteligentes. Encontrei um grupo mais religioso, estavam cantando Hare Krishna.
Fiquei horas observando aqueles animais de smoking, até que passa um homenzinho pulando e correndo numa torta flamejante. Entendi o desespero, devia estar meio quente ali dentro. Me levantei, já estava anoitecendo, o tempo passou rápido, era hora de ir. Como se não bastasse a primeira, pisei numa segunda piscina viva. Essa não fugiu, tudo aconteceu tão rápido que não me dei conta. Acho que ela cresceu, ou eu diminui. Nunca soube ao certo. Só lembro que fui parar num jardim repleto de polvos debaixo d'água. Quando o oxigênio acabou peguei carona num submarino amarelo, foi a minha salvação. O submarino parou num jardim inglês, estava chovendo. Será que ele teria chegado lá se não fosse a água da chuva? Bom, nunca poderei responder.
Sentei, esperei o sol chegar e nada dele vir. Acabei ficando bronzeada com toda aquela chuva. Me levantei e comecei a caminhar, até me deparar com uma morsa. De repente estava olhando para uma poça espelhada e eu era a morsa. Aquilo me assustou um pouco, já era hora de ir. Subi num floco de cereal e esperei a van chegar. Só depois de alguns segundos percebi pessoas a minha volta. Havia uma enfermeira vendendo papoulas numa bandeja. Com aqueles movimentos acho que ela pensa que está numa peça, de qualquer forma está. Continuei observando aquela gente. O rico banqueiro com seu carro, ele não usava capa naquela chuva, muito estranho.
Um barbeiro apareceu para me importunar mostrando fotos de todas as cabeças que havia conhecido, mas logo consegui me livrar dele. A van chegou, desci do cereal. Meu passeio mágico estava chegando ao fim, tive certeza disso quando entrei e em poucos segundos parecia ter alcançado meu destino. Só que não era mais uma van e sim um trem, na estação.
Olhei pela janela e lá estava ela, a estranha garota de olhos caleidoscópicos segurando um balde repleto das sardinhas semolina. Com certeza andara pescando.
Mas tudo isso não importava mais. O passeio acabou. Nada é real.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Mod?

Nah, meu professor de literatura não tem cara de quem escuta The Who.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Século XXI

Definitivamente nasci na época errada. As pessoas não vivem mais como antigamente, não são felizes como antigamente. Não se faz música como antigamente, nem mesmo escrevem bons livros como antigamente.
Nada revolucionário acontece hoje, com todas as pessoas acomodadas, esperando que algo aconteça, que os outros pensem por elas. Continuam com suas vidinhas e a rotina medíocre que varia entre "casa, trabalho, trabalho, casa". E assim seguem, sonhando com a "luz no fim do túnel", também conhecida como aposentadoria. Apenas isso. Nada mais acontece.
Para que serviram as longas tardes que passaram estudando inúmeras fórmulas e cálculos? Horas e horas tentando entender um organismo que alguém supôs existir, mas ninguém nunca viu. Para quê? Nada. Mas aquele infeliz ser humano estava tão acupado aprendendo toda essa inutilidade que esqueceu de viver. A vida é curta demais para perdermos tempo com coisinhas invisíveis e suposições de algum desocupado.
Aos que são felizes com toda essa obrigação, parabéns. Mas as pessoas não deveriam ser obrigadas a ocupar a cabeça com fórmulas e cálculos para não morrer de fome. Esses malditos números, porque eles estão sempre em primeiro lugar? O mundo ao nosso redor, nossa história, nossa arte, isso sim é mais importante, essencial. O resto é descartável, puro lixo.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

É

Mamãe me disse para aprender a conviver com as diferenças e gente de mau gosto, mas ela não sabe como é complicado.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

E Viva Cuba!

Que agora vai voltar a ser a boa e velha colônia de férias dos Estados Unidos.

Obs.: Não sou socialista.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O Colégio

Sexta-feira, o dia mais esperado da semana. Depois de aturar uma manhã com as piores aulas posso fingir que estou aliviada se ignorar o peso na consciência por não estudar. A propósito, por que precisamos estudar em tempo integral? Já não basta o colégio pela manhã, com todas aquelas aulas insuportáveis e inúteis, onde metade do que aprendemos não servirá para nada em nosso tão sonhado "futuro promissor"? Mas não, temos que continuar a velha e fedida rotina: colégio pela manhã, estudar a tarde. Nunca acaba.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Goo goo gjoob