sábado, 21 de junho de 2008

Até parece.
Agora só me resta comemorar as férias dos outros me embriagando de estudar.

sábado, 14 de junho de 2008

O Martelo

Conheci Max na aula de defesa pessoal. Era um garoto problemático, dizia estar ali para se vingar de todos que o haviam feito mau um dia. Acho que entrou no curso errado.
Perguntei quem eram essas pessoas, pobres vítimas e ele me entregou uma lista. Era um pedaço de ofício preto, meio amassado, com nomes. Vários, por sinal, escritos em grafite. Não levei o garoto a sério naquele dia e mal sabia que viria a me arrepender mais tarde.
No último dia de aula ele me veio com uma; sempre tinha idéias curiosas. Dessa vez disse que toda essa estória de defesa pessoal era inútil e trocaria tudo pelo martelinho de prata que o pai guardava no porão. Como sempre encarei como uma brincadeira. Achava a imaginação dele poderosa, com todas aquelas idéias mirabolantes. Depois do curso nunca mais vi Max.
Tudo mudou quando houve um assassinato em nossa pacata cidade. Era inexplicável, nada acontecia ali. A garota foi encontrada morta, provavelmente a pancadas, segundo a polícia. Fiquei assustada demais para ligar os fatos.
Uma semana depois a an tiga professora da escola primária foi encontrada morta. A partir daí tudo fez sentido. Lembrei da lista de Max e descobri que a garota era uma colega de classe dele e a professora, claro, ensinava ao garoto na época. Quanto às pacadas, era óbvio não? O martelo.
Max nunca mentiu, o problema é que ninguém quis acreditar nas verdades dele. Como um garotinho pôde ser tão perverso a ponto de escrever nomes numa lista à fim de matar inocentes com um martelo?
Não tinha idéia do que fazer ou de como agir. Eu não estava na lista, mas também não lembrava de quem vinha depois da garota e a professora. Por que o garoto me mostrou aquele papel?
Não aconteceu nada e já faziam duas semanas, isso estava me preocupando. A lista era imensa, com certeza haveriam mais vítmas. Não pude fazer nada, só esperar.
Não demorou muito e o garoto atacou outra vez. Era o diretor da escola, acho que Max odiava mesmo aquele lugar. Por sorte a polícia agiu a tempo de salvar o diretor e prender o garoto. Não foi difícil, ele estava com uma aparência horrível e carregava um martelo na mão em plena luz do dia atingindo plantas e postes pelo caminho.
No tribunal, implorou para ser libertado, mas o juíz negou, claro. Coitado, mal sabia que o fim estava próximo. Quando abriu a boca para dar a sentença, Max pegou o martelo das mãos do policial e arremessou contra o juíz. Pobre homem, nunca esteve na lista.
O garoto conseguiu fugir, mas não tive notícias dele desde aquele dia. Espero que esteja longe e tenha desistido daquela lista, mas nunca se sabe.


(Maxwell's Silver Hammer)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Sapatos fazem mal aos pés; todos deveriam andar descalços.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Ah

Gosto da chuva, mas acordar cedo e ir para a escola num dia chuvoso não é a melhor coisa do mundo. Perder uma tarde no meu lugar preferido por causa da chuva também não é nada legal. Privada do meu amigo eqüino e com os dias contados até as provas começarem, só me resta enfrentar de uma vez o trabalho de Ed. Física e depois os livros. Vida imunda, por que as coisas não podem ser mais divertidas? Não, tudo tem que ser complicado: quanto pior, melhor. Até soa estranho, pena que é verdade. Mas a culpa não é da chuva, a chuva é bem agradável se pararmos para observar. Nada melhor que ler um livro ou não fazer nada quando está chovendo, nada melhor que não ter o que fazer e fazer o que quiser.